sábado, 25 de setembro de 2010

Você voltou.


"Teria mesmo chegado ao ponto de dizer nutro? Teria, teria sim, teria dito nutro e relacionamento e rompimento e afeto, teria dito também estima e consideração e mais alto apreço e toda essa merda educada que as pessoas costumam dizer para colorir a indiferença quando o coração ficou inteiramente gelado."








Eu viro e viro na cama de um lado para o outro, penso e repenso: "Cacete, você voltou denovo." Seria mais uma daquelas irônias do destino querendo dizer que nunca vai ser completo?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Que.


"Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato.
Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor."



"E peço aos poderes lá de cma, quebrer a minha rotina, eu quero é ação!"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ele existe.


Isso tudo é tão surreal. Tantas pessoas nem sabem que isso tudo existe, eu sei que existe, só não explicar o que é de fato porque não é simplesmente gostar de alguém, namorar, querer estar perto, querer que alguém cuide e goste de você...

Eu sei que posso parecer uma drogada louca falando isso, mas é do jeito que eu vejo as coisas, do jeito que eu sinto, por que amar é sentir. É não precisar estar perto toda hora, é sentir mesmo de longe precisar falar, como se existisse um mundo por trás de tudo, como se tivesse uma corda amarrada em um e no outro e eles não conseguissem se soltar... Acho até que é meio eterno.

Não acredito que muita gente sinta tudo isso, nem acredito que todo mundo encontre seu verdadeiro amor. Acho que a cada dez pessoas uma pode ter chance de encontrar, mas mesmo assim, corre o risco maior de não achar nada...

Mas ele existe, tenho certeza. Ele só é raro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Perto.


Eu queria estar junto, perto, compartilhar das tuas vontades, dos teus sonhos, dos teus planos...

Todos os dias pela manhã eu abro os olhos e te imagino me olhando, com aqueles olhos castanhos e imensos que você tem.

Eu só queria estar perto, mesmo de longe, eu queria estar perto... porque a falta que eu sinto de você é absurdamente intensa e imensa e me corrói a alma.




Ouvindo: Renegade - Kings of convenience.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estar junto.


"Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim – e eu não tenho a menor idéia do que você pensa a respeito, a gente não conversa sobre isso, só fica fazendo uma linha nada-tem-muita-importância, ou algo assim".









Só queria que você soubesse, que no fundo tudo tem uma importância. E que você, tem uma grande importância pra mim.

domingo, 12 de setembro de 2010

Destruir.


E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói.


É exatamente por isso que quero queimar tudo o que resta de você em mim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sonho da gente.




...E a gente deita para dormir achando que no próximo dia tudo vai mudar, mas não muda.

Todos os dias pela manhã nós levantamos da cama, tomamos o nosso café farto de guloseimas, tomamos banho, escovamos os nossos dentes, penteamos os nossos cabelos. Vamos para o trabalho, para a escola, para lugar nenhum. Pegamos transito, pegamos fila, pegamos metrô lotado, vemos milhares de pessoas que sonham com uma vida perfeita assim como nós, que todos os dias acordam achando que vivemos em um filme e que de uma hora para outra a estória vira e a gente encontra o mundo do ‘Happy Forever’.


Cumprimos com todas as obrigações que nos são impostas pela sociedade, limpamos nossa casa, fazemos compras, alimentamos o cachorro, o gato, o papagaio, ou seja lá o bicho que cada um tem, fazemos nossa comida, ligamos a TV e comemos nossa comida fria assistindo as noticias pessimistas que passam no telejornal, lavamos nossa louça.

E mais um dia acaba, nossos sonhos do dia perfeito se vão por alguns segundos. Nós chegamos a pensar em nos guardar, criamos uma espécie de blindagem para que nada possa nos ferir, mas a blindagem se desfaz, os sonhos se refazem, e assim seguimos todos os dias.

Então nos arrumamos para dormir, pegamos nosso copo de água que fica ao lado da cama, fechamos a janelas, apagamos as luzes, vamos ao banheiro. E mais uma vez a gente deita para dormir achando que no próximo dia tudo vai mudar, mas não muda.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Roteiros.


”Uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros”

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu gosto de:


Eu não tenho uma cor preferida, mas gosto de pensar que verde dá sorte. Acho que é porque quando eu era pequena ganhei um anel de prata com uma pedrinha verde que minha tia falava que era ‘dá sorte’ (sabe como é né, criança acredita em tudo mesmo). Devido as mesmas circunstancias eu tenho um certo apreço por trevos e gnomos.


Eu gosto de dias frios, mas gosto mais ainda de dias frios com sol. Gosto de tomar banho bem quente e de tomar leite frio, nem quente nem gelado, em temperatura ambiente. Gosto de ouvir o barulho da chuva antes de dormir, de pintar as unhas de azul, de mandar sms de madrugada, de frutas vermelhas. Gosto de tudo de frutas vermelhas: Iogurte, creme hidratante, shampoo, cremes de cabelo, balas, tortas...


Eu gosto de vento gelado batendo no rosto, de escrever textos sem fundamento algum, de ficar observando as pessoas e imaginando como elas são, o que elas gostam ou como elas eram quando crianças e como serão quando ficarem mais velhas, gosto de filmes tristes, de dormir até tarde de ficar pensando sobre coisas aleatórias e no que poderia ter sido diferente se tal coisa não fosse do jeito que é.


Gosto de roupas estranhas, das paredes floridas do meu quarto, de desenhar estrelas quando estou distraída, de bala de doce de leite com chocolate, de fazer origami, de festinha familiar, do cheiro de roupa recém lavada, de fotografias, de corujas e porcos, de sonho de valsa, de Kings of Convenience, de jogar dominó, de colecionar latas de cervejas importadas, de bolo de laranja, de perfume doce.


Gosto de gente impulsiva, de ganhar cartinhas, de suco de acerola, de ficar deitada na cama depois do banho, de pão quentinho com manteiga, de quem me liga de madrugada para falar que me ama por motivo nenhum, de quem apenas me liga de madrugada. De chorar vendo filmes, de espremer laranjas, de marshmellows, de Carlos Drummond, de viajar nas coisas e saber que tem quem me compreende, de músicas de fossa.


Eu gosto de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de conversar por sms, de animais, de lápis preto no olho, de pintar o cabelo com freqüência, de falar de vingança, de colocar fogo nas coisas, (é, não me deixem perto de um isqueiro ou de uma caixa de fósforos). Gosto de Bernese Mountain Dog, de Calvin e Haroldo, de colecionar discografias, de apertar botões, de escovar os dentes.


Gosto de kaiak aventura, de martini de morango, de abraço (adoro abraços, abraços, abraços, muitos abraços), de dormir do lado esquerdo, de falar no telefone andando pela casa, de tirar os pés para fora da coberta, de neologismo, de chorar até dormir, de mudar as coisas quando perco algo que eu gosto muito, de rir até dar dor no estomago, de Alice no Pais das Maravilhas.


Gosto de demonstrações de afeto inesperadas, de assistir mil vezes o mesmo filme e chorar todas as vezes, de me identificar com pessoas, de olhos castanhos e cabelos cacheados, das minhas unhas compridas, de ter saudade do meu cabelo loiro, das minhas paixões platônicas, da minha cachorra chata e do meu vira lata branquinho, de colocar 'ous' no final de algumas palavras, de dormir com o colchão no chão, de barba e homem de social.


Gosto de ouvir música no carro, no ônibus, em casa, antes de dormir, o dia todo. De bolo de caneca, de encontros inusitados, de cheiro de fósforo e de gasolina, de massagem no pé, de caneta azul e letras de forma, de batom vermelho, da minha bipolaridade, das minhas confusões e da minha chatice, das minhas manias estranhas.