quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu gosto de:


Eu não tenho uma cor preferida, mas gosto de pensar que verde dá sorte. Acho que é porque quando eu era pequena ganhei um anel de prata com uma pedrinha verde que minha tia falava que era ‘dá sorte’ (sabe como é né, criança acredita em tudo mesmo). Devido as mesmas circunstancias eu tenho um certo apreço por trevos e gnomos.


Eu gosto de dias frios, mas gosto mais ainda de dias frios com sol. Gosto de tomar banho bem quente e de tomar leite frio, nem quente nem gelado, em temperatura ambiente. Gosto de ouvir o barulho da chuva antes de dormir, de pintar as unhas de azul, de mandar sms de madrugada, de frutas vermelhas. Gosto de tudo de frutas vermelhas: Iogurte, creme hidratante, shampoo, cremes de cabelo, balas, tortas...


Eu gosto de vento gelado batendo no rosto, de escrever textos sem fundamento algum, de ficar observando as pessoas e imaginando como elas são, o que elas gostam ou como elas eram quando crianças e como serão quando ficarem mais velhas, gosto de filmes tristes, de dormir até tarde de ficar pensando sobre coisas aleatórias e no que poderia ter sido diferente se tal coisa não fosse do jeito que é.


Gosto de roupas estranhas, das paredes floridas do meu quarto, de desenhar estrelas quando estou distraída, de bala de doce de leite com chocolate, de fazer origami, de festinha familiar, do cheiro de roupa recém lavada, de fotografias, de corujas e porcos, de sonho de valsa, de Kings of Convenience, de jogar dominó, de colecionar latas de cervejas importadas, de bolo de laranja, de perfume doce.


Gosto de gente impulsiva, de ganhar cartinhas, de suco de acerola, de ficar deitada na cama depois do banho, de pão quentinho com manteiga, de quem me liga de madrugada para falar que me ama por motivo nenhum, de quem apenas me liga de madrugada. De chorar vendo filmes, de espremer laranjas, de marshmellows, de Carlos Drummond, de viajar nas coisas e saber que tem quem me compreende, de músicas de fossa.


Eu gosto de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de conversar por sms, de animais, de lápis preto no olho, de pintar o cabelo com freqüência, de falar de vingança, de colocar fogo nas coisas, (é, não me deixem perto de um isqueiro ou de uma caixa de fósforos). Gosto de Bernese Mountain Dog, de Calvin e Haroldo, de colecionar discografias, de apertar botões, de escovar os dentes.


Gosto de kaiak aventura, de martini de morango, de abraço (adoro abraços, abraços, abraços, muitos abraços), de dormir do lado esquerdo, de falar no telefone andando pela casa, de tirar os pés para fora da coberta, de neologismo, de chorar até dormir, de mudar as coisas quando perco algo que eu gosto muito, de rir até dar dor no estomago, de Alice no Pais das Maravilhas.


Gosto de demonstrações de afeto inesperadas, de assistir mil vezes o mesmo filme e chorar todas as vezes, de me identificar com pessoas, de olhos castanhos e cabelos cacheados, das minhas unhas compridas, de ter saudade do meu cabelo loiro, das minhas paixões platônicas, da minha cachorra chata e do meu vira lata branquinho, de colocar 'ous' no final de algumas palavras, de dormir com o colchão no chão, de barba e homem de social.


Gosto de ouvir música no carro, no ônibus, em casa, antes de dormir, o dia todo. De bolo de caneca, de encontros inusitados, de cheiro de fósforo e de gasolina, de massagem no pé, de caneta azul e letras de forma, de batom vermelho, da minha bipolaridade, das minhas confusões e da minha chatice, das minhas manias estranhas.