terça-feira, 30 de setembro de 2008

Deus Negro.

"Um dia desses perdido em um cubículo rasteiro cotidiano de um terça feira gorda, encontrei a divindade libertina de um Deus negro e marginal. Um velho amigo, um demoníaco amigo traidor e apaixonante, um canalha tão amável quanto a humanidade pura dos canalhas. O deus Negro carregava em suas costas a ironia de um violino (o seu bom casulo) semi-afinado pobre e barato. Quase sempre mal tocado aos olhos dos puristas apegados demasiadamente a punhetaria do bom e belo. Então ele tocava, mentia, fingia: dizia ele que a música era sua última piada, sua última maneira de deixar claro que tudo é tão obscuro e fétido quanto as palavras e os afetos. Dizia também não ser mais um INDIVÍDUO, ele havia se transmutado em DIVÍDUO: milhões e milhões de pequenas e grandes mentiras que o configura em uma porção de outros "EUS". Ele nega a filosofia, nega a palavra. Dizia que a única verdade da música é a ausência da palavra, daquilo que se explica e justifica com a "inteligência-marketing-pessoal-de-acadêmicos-anêmicos"... Ele ama o Jazz e como em um solo embriagado do jazzistaele cospe em minha testa a última beleza: "Já teve a sensação de ter explicado sua vida pra vc mesmo e ter sentido V.E.R.G.O.N.H.A?"Eu bebia a cerveja quente da última meia hora, olhava a moçada "discolada" com seus sorrisos perfeitos e suas vidas tão completas enquanto terminava de pensar que a verdadeira condição do poeta (e dos amantes também) é essa: Tocar violino em dialeto próprio no meio do apocalípse enquanto tudo e todos dançam..."

Onde está?

Digamos então que estamos anestesiados. Não sentimos nada, não fazemos nada, não vemos nada... congelamos.
É isso que viver significa agora? Para onde foram as crises de sentimentalismos que tanto nos deixava feliz? E aquela melação momentânea? E as crises existenciais... as conversas de madrugada... as brigas constantes? E aquele medo gostoso de sentir, aquele medo que arrepiava, que exitava... medo do que estava errado, medo da peça encaixada do outro lado do quebra-cabeça.
Não sei como você se sente agora, mal sei onde você está. Talvez eu sinta vontade disso novamente, mas não sei. Existe uma barreira, é uma barreira feita de vidro, vidros bonitos, coloridos e bem limpos. Tenho medo de quebrar.
Entendo sua posição, talvez tenha sido melhor aquele dia, mas e agora, está bom para você?
Será que você me conhece? Será que você me entende?

Um simples blog.

Postado por Fels.

Às vezes ela sumia, mas sentia por isso, não era agradável. Ela queria estar próxima, mas era impossível, então ela desistiu. Assim, ela finge não sentir o que sente, e tenta se esconder atrás de arbustos transparentes.


Não adianta se preocupar com uma ausência, nem sentir o que não se pode pensar.

Comentado por Cáh.

Sinto isso agora...

A diferença, é que eu penso... porem não sinto. Talvez sentir fosse bom novamente. Pois é... passou-se um ano e a historia continua, ainda que sem um final.

As vezes, eu queria que tudo isso passasse... sei lá... que se acabasse por ai como se fossem folhas carregadas pelo vento em uma tarde de outono, infelizmente acho que não é possivel.

Você me entende!?

Pergunta.

"Ainda bem q você vive comigo,
porque senão como seria essa vida?
Sei lá, sei lá..."

=)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Anxiety ♥

Uma canção de amor à autodeterminação,
uma história recapitulada todos os dias,
um mundo de sentimentos falsos
e um mundo de decaimento lento.
um mundo de risos escondidos por este mundo
de medo e de castigo
um jogo de compulsão estranha,
nossa visceral convulsão
ansiedade por amor da vida,
ansiedade para a dor,
ansiedade, a sensação de que você sabe
você não pode conter
(um receio de que você não tem mais nada a ganhar)
ansiedade destrói-nos
mas que impulsiona o homem comum,
Fundação da sociedade ansiedade
suprimir-se que você pode
a casta de arquivadores de café não agiu como eles planejaram,
a hora do rush matinal é o nosso plano de jogo falso,
então corra ao redor de sua frenética faixa e deite-se para dormir,
amanhã é a redenção
nos esforçaremos para aquela exceção
com o que estamos irritados?
todos nós precisamos de um remédio comum,
aquele objetivo comum para o qual você se esforça
ter mais do que a outra cara
a busca da verdade,
a procura do ouro que queremos seja como for,
a mentira comum,
os virtuosos gritos que acabam tudo igual,
a multidão irritada,
todos esses achados e perdidos todo mundo é igual,
A caneta do poeta,
essas palavras que empresto,
todos nós dobrar a ansiedade.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jabor...=)

"Eu quero dizer o que eu não sei o que quer dizer, e quero que você diga tudo que você não sabe o que quer dizer!...
Sei que é babaquice, querer ser o verdadeiro... espera... vou ser mais simples... será que a gente não podia ser puro, e falar tudo o que sente para o outro... ninguém tem essa coragem... será que a gente... não podia correr este perigo?...
Falar o que a gente não disse que sente pelo outro?"

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Escrevo...

"Escrevo...
Como se encher de palavras uma folha vazia fosse capaz de preencher o vazio que sinto por dentro.
Escrevo...
Como se uma simples caneta conseguisse acabar com a solidão que me persegue em meio à multidão.
Escrevo...
Como se distrair os pensamentos fosse suficiente para fazê-la não amar outro.
Escrevo...
Como se dar vazão à inspiração que ela me traz fosse capaz de diminuir a vontade que sinto de tê-la em meus braços.
Escrevo...
Como se criar versinhos tolos de amor me desse a certeza de que sou capaz de fazê-la feliz.
Escrevo...
Como se matar o tempo fosse nos ajudar a ser felizes para sempre."

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

=|

"Enganei o tempo, congelei a retina, refiz caminhos,
desmistifiquei as noites, entornei venenos, crucifiquei,
ressuscitei auroras,inaugurei silêncios, desabitei manhãs,
afoguei sentidos, instaurei o caos,voltei à ordem,
vesti avessos, despi esperas,reinventei vésperas,
esqueci um tanto,desacreditei, recompus.
Inútil.
Intacto, permaneces."