segunda-feira, 30 de junho de 2008

Parte de: O dia partido.

"Ele gosta do número 8 e eu do 1, mas o 1 tá tão longe do 8, quando quiser o 1 também, me fala e a gente faz um acordo. Sem arrependimento, eu até queria mais, mas esse negócio de orgulho é complicado. Fantasiamos primeiro e depois conversamos pode ser? Não quero falar agora. Sonhos exibidos em tela plana, apresentação única, derrepente acaba a luz e eu penso: "Droga! Vou perder o final." e eu vou dormir incorformada pensando no que iria acontecer depois... essa sensação ainda dói um pouquinho, menos do que semana passada, o conformismo tarda mas chega, então acho que isso é um progresso (conformismo e progresso ficam estranhos na mesma frase, questão de hábito). No final valeu a pena. Valeu? Valeu! Mas eu não quero voltar, amanhã pode ser melhor, eu espero que seja..."

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A menina que perdeu sua sombra.

Certa vez uma menina que perdeu a sua sombra. Ela estava tão triste, pois procurava todos os dias e não a achava. Um dia, depois de muito procurar ela se sentou na escada e lá ficou, por alguns instantes. Seu pai vendo ela triste por algum motivo perguntou:

_Filha, o que te deixa tão tristonha?

_Eu perdi minha sombra, pai. Já procurei em todos os lugares e não achei.

_Calma filha, às vezes nossa sombra some para não nos sufocar. Quando você menos esperar ela volta.

_Mas a minha não estava me sufocando...

_Deve ter sido apenas um meio de prevenir.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Encontro.

"E eu estava só.Sem precisar de ninguém.É difícil porque preciso repartir contigo o que sinto.O mar calmo.Mas à suspeita e em espreita.Como se tal calma não pudesse durar.Algo está sempre por acontecer.O imprevisto improvisado e fatal me fascina.Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo.Você tornou-se um eu.É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas.É tão silencioso.Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois?Dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes.Tais momentos são meu segredo(...)"











Eu preciso de segredos para viver.
Estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, não me decidia por qual de mim, toda é que não podia ser; ter nascido era cheio de erros a corrigir. Só tinha tempo de crescer. O que eu fazia para todos os lados, com uma falta de graça que mais parecia o resultado de um erro de cálculo. Na minha pressa eu crescia sem saber pra onde.








Inútil querer me classificar, eu simplesmente escapulo não deixando. Gênero não me pega mais.
"Ainda vivo e me sinto bem,
obrigado por não perguntar.
Espero que os piores dias tenham ficado para trás.
Sei que incomoda, mas voltei trazendo mais do que
lembranças ruins: estou bem.
Feliz por voltar a sorrir e sentir que ainda não sou
tão frio assim. Talvez seja o velho medo de
envelhecer.
Perdi a pressa de viver.
Tenho senso de humor para agüentar as provocações.
Tudo o que eu quero eu consigo:
não espero, não peço nem rezo.
Ainda tenho disposição para agüentar mais
22 verões, e refrões para as outras estações.
E se quiser me encontrar é só dizer o meu nome.
Obrigado por não perguntar, mas estou bem."
... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.





Ela acreditava em anjos e, porque acreditava eles existiam...

Falando com alguém...

_"O que você vê nessa mancha?"

_" Um pássaro...O que era pra ser?"

_"Não sei, eu fiz por fazer..."


São as pequenas coisas que nos fazem felizes...

A um ausente.

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
(Carlos Drummond de Andrade)
"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência."





Se eu não demonstrei mais carinho,tanto quanto eu gostaria
foi por uma opção sua,que eu respeito.
Dias vazios, com lembranças e agonias.
Logo será nostalgia...
Cá estou escrevendo algo.
Sem coragem para falar,
sem coragem para pensar
com medo.
Medo que arde no fundo da alma
que se transforma em tremedeira,
que provoca choro e desespero.
E que passa logo...
Graças aos seus lindo olhos castanhos,
as palavras, as brincadeiras, os gestos,
os sorrisos...
Jamais quero me imaginar sem esses seus lindos olhos castanhos,
Sem seu cabelo macio,
Sem sua boca,
Sem suas palavras,
Enfim, sem você, que me faz tão bem.
"Sempre que penso uma coisa,traio-a.
Só tendo-a diante de mim devo pensar nela,
Não pensando,mas vendo,
Não com o pensamento, mas com os olhos.
Uma coisa que é visível existe para se ver,
E o que existe para os olhos não tem que existir para o pensamento;
Só existo diretamente para o pensamento e não para os olhos.
Olho,e as coisas existem.
Penso e existo só eu."

terça-feira, 24 de junho de 2008

As coisas não mudam, nós é que mudamos. O início de um hábito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos o ato reforça o fio, acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo e nos prende de forma irremediável, no pensamento e ação.

Notas de alguns dias antes da fudest.

Restam apenas dois dias...
As piadas e a ironia tomam conta do ambiente.
A ansiedade domina o corpo, o nervosismo domina a mente.

-Toc, toc!

É a tristeza, ela veio passar uns dias...A coragem logo virá e trará consigo o medo.
A saudade também chegará em breve, quanto a ela, damos um jeito. Não há nada que um simples telefonema não resolva.

Assim os sentimentos serão maiores, as palavras voltarão a ter significados e os atos serão espontâneos com pitadas de alegria e afeto.

Este é apenas o final de um grande começo.
Cheio de magia, lealdade e insanidades.

Que não se importará com os comentários, brigará se for preciso e estará sempre presente em qualquer ocasião.
Seja inventando historias ou falando besteira.

Notas de uma Sexta-Feira.

E naquele momento gotas de agua caiam do céu, o vento batia forte...Cansei!
Não é necessário esperar, você não vem.
O final se aproxima, o sofrimento também. Nervosismo e adrenalina são apenas algumas características...
Quase cinco horas se passaram, acabou...
A saída é em direção a Rua da Móoca...
Os passos são rápidos...
Acabou...finalmente tudo acabou!
Adeus!

Caso queiram me procurar, estarei olhando as estrelas...
e cantando para o oceano...
Preciso descansar.
"Os olhares se cruzam;
Continuo parada, olhando fixamente...
Como se nada, absolutamente nada,
Tivesse acontecido.
Então você se levanta e sai...
Sem sequer olhar pra trás."

São Paulo, 16 de novembro de 2007.

Andar na chuva é bom... O vento trás seu perfume, trás saudades.
As horas não passam... As pseudo demonstrações de afeto de nada valem...

Ninguém as entende...

Sinto-me confusa diante das decisões precipitadas...
Porém, não só eu você também.

Torturas inacabadas de dias vazios...
É realmente difícil entender...

Deixa.

...A tarde talvez fosse azul...Não houvesse tantos desejos

_Daqui a pouco vai acabar...
_Eu sei.
_ E o que fazemos?
_ Aproveitamos!
"Às vezes sinto sua falta...
falta dos sorrisos radiantes,
dos encontros surpresa,
das conversas na chuva,
das piadas engraçadas,
dos desabafos...

Às vezes me canso...
me canso da sua presença,
do seu perfume que me persegue,
dos seus olhares,
das lembranças...

Às vezes tenho raiva...
raiva das pessoas que te rodeiam,
das historias que te contaram,
das brigas por nada,
dos dias que não passam...

Então me pergunto:
Por que tem que ser assim?."

Texto do fotolog.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Eu fiquei, sob a noite estrelada, decidido a ousar tudo e não ousando nada...
Vinha dela, pelo ar, espiritualizado numa onda volúpia, um cheiro de pecado...
Tinha a fascinação satânica, envolvente, que tem por um batráquio o olhar duma serpente... e fiquei, mudo e só, deslumbrado e tristonho, sentindo que era real o que eu julgava um sonho! Em redor o jardim recendia."










Meu mal é pensar.
só que eu ainda não descobri se penso demais ou demenos.
vai ver eu penso demais no que eu devia pensar demenos.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

São Paulo, 16 de junho de 2008.

São exatamente 22h e 57, e eu quero deixar constado aqui que estou me sentindo uma GRANDE IDIOTA!!!

Obrigada, e volte sempre!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Valsa da dor.

E naquele momento existia apenas o silencio e eu. Dançávamos juntos uma valsa sob luzes verdes, diziam ser luzes da dor.Algo pesava dentro de mim, eu desmoronava em forma de gotas d’aguá.Na boca sentia aquele gosto amargo, era ódio com uma pitada de amor.

As cortinas balançavam com o vento forte, a falsa ficava cada vez mais intensa e o aperto passava aos poucos...

Tem horas que viver dói.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Embriaguez.

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos,
A alegria como quando se sente
A garganta um pouco seca e se vê que, por admiração
Se estava de boca entreaberta:Eles respiravam de antemão o ar que estava à frente,
E ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar
Matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam,
E ao toque - a sede é a graça, mas as águas
São uma beleza de escuras - e ao toque brilhava
O brilho da água deles,
A boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não.
Tudo se transformou em não quando eles quiseram
Essa mesma alegria deles.
Então a grande dança dos erros…
O cerimonial das palavras desacertadas.
Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira,
Ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali.
Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas,
E quanto mais erravam, mais
Tudo só porque tinham prestado atenção,
Só porque não estavam bastante distraídos.
Só porque, de súbito exigentes e duros,
Quiseram ter o que já tinham.
Tudo porque quiseram dar um nome;
Porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que,
Não se estando distraído o telefone não toca,
E é preciso sair de casa para que a carta chegue,
E quando o telefone finalmente toca,
O deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

terça-feira, 3 de junho de 2008

Peso.

Queria tanto dizer o que sinto agora. Não consigo. Me confundo em meus próprios pensamentos, já não sei o que sinto, o que quero.
Me sinto perdida em um grande espaço, esta escuro e quase sem ar. Tento chegar próximo a janela, onde há uma fresta aberta, porém algo me puxa para o meio.
Me sinto andando em círculos, ou perdida em um lugar que não conheço. Mal sei que decisões tomar.
Algumas coisas poderiam ser mais fáceis. Mas não são. Enquanto espero as horas passar tento me desgrudar do mundo, tento esquecer daquele maldito sentimento que pesa dentro de mim e me deixa sem ar.

Obras.

A Avenida Paulista está em obras, e meu coração também.
Flamejo saudade, lembranças e sonho com uma presença quase impossível.
A tristeza se aproveita do meu corpo, trás consigo
angustia. Um dia passa, sempre passa.



Enquanto espero, faço cautelosamente dobraduras de papel.