segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Só enquanto eu respirar.


"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar"

sábado, 23 de outubro de 2010

Confuso, louco e perdido.


Eu preciso escrever. Eu não sei o que, por que no fundo eu não tenho muito nada para falar... na verdade eu tenho muito tudo. Tanto que eu nem sei por onde começar.

Os ultimos dias têm sido corridos, muitas coisas ao mesmo tempo e eu tentando decifrar tudo, assimilar todos os pequenos códigos que saem de mim para o outro e do outro para mim. Sem ferir, sem arranhar, sem incomodar.

Todos os dias pela manhã eu acordo pensando alguma coisa diferente. É como se eu planejasse temas para filosofar e analisar após dispertar, mas são apenas as minhas loucuras sem fim. E todos os dias antes de dormir eu me deito na cama e penso como foi meu dia, o que de bom aconteceu, o que eu vou deixar armazenado nos arquivos especiais e o que eu posso jogar fora.

Eu não me entendo. As vezes eu gosto demais das coisas, as vezes não. Talvez por gostar muito delas e elas não serem devidademente como eu tinha imaginado ou por medo. Eu deixo muitas coisas passarem por medo.

Agora, neste exato momento a minha cabeça está girando, girando, girando e eu nem queria estar aqui, eu queria estar deitada na minha cama fazendo qualquer coisa do tipo nada, pensando em qualquer coisa que me deixasse deprimida ou dormindo, ou tentando dormir, ou tentando pensar, ou sonhando, ou sei lá mais o que, mas eu estou aqui escrevendo pra ninguém ler, porque eu precisava escrever.

De alguma forma, mesmo que pequena, eu tinha que por pra fora tudo isso que tá sendo agora. Tudo isso assim confuso e louco e perdido que ninguém nunca vai entender.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ninguém.


Não, eu não queria ver nenhum deles. Eu não queria nada, eu não queria ninguém. O que eu queria era encontrar - outra coisa. À amargura explícita ou atenuada por fondues, sessões de slides e armagnacs importados, preferia ficar só. Era mais limpo. No máximo um velho Bergman, cheio de traumas. Então a campainha tocou, e tudo começou a acontecer muito depressa.

sábado, 2 de outubro de 2010

Perdendo-se


"Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou."