quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parte II

Querido amigo, continuo me sentindo aflita. Não sei mais qual decisão tomar, não me entendo e me perco em pensamentos contínuos... O que ele está fazendo agora? Lendo um livro, vendo TV, olhando pela sacada... eu estou ouvindo a musica de sempre, aquela que fala do sol. Ela me faz chorar às vezes, mas passa logo, já calejei.
Sabe, acho que eu devia ter feito mais? mas não, eu tenho o péssimo habito de deixar certas coisas de lado e me arrepender depois que não da pra mudar. Isso me dói fundo. Não me importo mais se ele vem ou não,nem com o que ele faz... mas as vezes eu me importo com o que ele fala e me sinto uma adolescente boba de treze anos de idade. Acho que isso é um erro, tento fugir mas não consigo, ele faz parte de mim e querendo ou não eu faço parte dele.
Ontem hesitei ao olhar seus olhos tive medo de me perder e ir parar em alguma espécie de mundo sentimental que fosse me fazer sofrer de novo, de nada valeu. E volta as tremedeiras, as dores no peito, a vontade de gritar bem alto, de chorar, de ficar horas pensando nos bons momentos... Senti um vento forte no pescoço, me deu arrepios. Deve ser medo das decisões, mas por que? Por que as minhas malditas decisões são tão confusas? Eu queria poder juntar o um com o dois, mas não posso... Escolhas são tão difíceis, sentimentos são difíceis... Pra que raios inventaram essa porra que na maioria das vezes só te faz ficar mal? E as pessoas, por que tem que ser tão confusas? Tão medrosas?... Algumas vezes eu desviei o olhar, outras eu sorri, outras eu fingi nem notar... Eu queria apenas sinceridade, acho que assim ficaria mais fácil de entender o que eu realmente sinto, mas isso ele não me deu. A única coisa que eu realmente queria ele não me deu... ele me deu um abraço final, com o propósito de me confundir ainda mais.